Proatividade!!!

Proatividade! Esta palavra esta na moda! As empresas hoje buscam pessoas com essa qualidade, para o preenchimento de cargos. A maioria dos anúncios de vagas de emprego exigem que os candidatos sejam proativos! E os candidatos, percebendo isto, já passaram a incluir esta informação no currículo.


Diante de toda esta ênfase e busca por proatividade, como eu sou pastor, pus-me a refletir sobre o nosso trabalho para Deus, e a considerar:

1) se há muitos cristãos proativos em nossas igrejas;

2) se o pastor pode preferir trabalhar com os proativos;

3) o que podemos fazer para transformar cristãos reativos e inativos em cristãos proativos.


Olhando para o mercado de trabalho, percebe-se que restam poucas vagas para os simplesmente ativos, e muito menos para os reativos, e os inativos. O mercado está empregando os proativos. Na igreja, é diferente! O processo seletivo é divino, e não humano! É Deus quem escolhe os trabalhadores para a seara, e os envia para a Igreja.


Se o pastor precisa de trabalhadores, ele pede ao Senhor da seara que envie trabalhadores, e deverá trabalhar com os trabalhadores enviados por Deus para a sua congregação. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. (Mateus 9:37-38).


Não há base bíblica para se orar pedindo ao Senhor da seara que mande somente cristãos proativos, e também não seria bíblico desprezar ou devolver os reativos ou inativos enviados pelo Senhor. Mesmo porque, quem é pastor sabe como é difícil conseguir voluntários para ajudar na realização da obra de Deus há momentos em que não aparece ninguém! Quando aparece alguém, é com esse que o pastor tem que contar, seja ele reativo ou inativo!


A escolha dos trabalhadores é de Deus, e Deus não a delega para o homem. Mas a gestão da Igreja, Deus a confiou ao pastor, o qual terá que prestar contas a Deus, da sua administração. Há muita base bíblica quanto à arte de repartir e distribuir as funções.


O pastor pode, e deve, conhecer as vocações, qualificações e aptidões de cada um dos voluntários trabalhadores da sua igreja, e fazer a distribuição do trabalho da melhor forma possível, tendo como referencial o potencial de produtividade de cada um. Foi exatamente o que fez o administrador citado por Jesus, na Parábola dos Talentos (Mateus 25:14-30).


Ao confiar aos seus servos, cinco talentos ao primeiro, dois ao segundo e apenas um ao terceiro, infere-se que ele conhecia o potencial de produtividade de cada um; sabia que o primeiro tinha um potencial elevadíssimo, que o segundo também era proativo, e que o terceiro era um inativo! O desempenho de cada um dos servos comprova que o administrador foi sábio na distribuição das responsabilidades.


Qual seria o perfil de trabalhadores predominante nas igrejas evangélicas hoje? Proativos, ativos, reativos ou inativos? Como eu não sou um estatístico, apelo para a minha experiência pastoral, de mais de trinta anos, para afirmar o seguinte:- em relação às atividades especiais das igrejas, há um contingente muito grande de inativos, há muitos reativos, poucos ativos, e uma minoria de proativos. Ocorre hoje de forma semelhante ao exemplo da parábola dos talentos: uns trabalham e produzem, outros enterram os talentos, e não saem do lugar.


Esta constatação nos mostra que devemos nos dedicar a transformar cristãos ativos, reativos e inativos, em cristãos proativos. No mercado de trabalho, o maior estímulo à geração de proativos, é a recompensa material mensal, que é o polpudo salário! Em se tratando de igreja, não é uma tarefa fácil, porque, em princípio, se trabalha com mão-de-obra voluntária, não remunerada, sem recompensa material imediata. A recompensa no trabalho de Deus é a melhor que o ser humano poderá alcançar, mas é espiritual, e futura!


Mas, com toda certeza, para o cristão que não hesita em tomar iniciativas na realização da obra de Deus, há também muitas benções espirituais imediatas, inigualáveis, que o dinheiro não pode comprar! O coração do cristão proativo, que se atira de corpo e alma na realização da obra de Deus é cheio de gozo, paz, alegria, sensação de bem-estar, muito maior do que a alegria de uma remuneração financeira, ou até mesmo a alegria que alcançam aqueles que estão fazendo exatamente o que gostariam de fazer.


Pelo exame da Palavra de Deus, concluimos que, ao formar o homem, Deus o criou com o potencial da proatividade. E, até hoje, cada ser humano que nasce, pela Graça de Deus, já nasce com esse potencial de proatividade para ser desenvolvido O potencial já está lá, dentro de cada pessoa, como uma semente que precisa crescer e frutificar Tudo o que temos que fazer é alimentar essa semente, desenvolver e liberar esse potencial, tornarmo-nos proativos!Deus espera que sejamos CRISTÃOS PROATIVOS!


Crédito: Edemar Vitorino é ministro evangélico

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