Honre ao Senhor com seus bens – Pv 3:9


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Quem não se sente atraído por chamadas ou anúncios como este? Ou quem nunca ouviu falar de alguém que já experimentou entrar em circunstâncias com promessas de estabilidade financeira ou enriquecimento de forma rápida e prática?

Você lê sobre a história do homem ao longo dos anos e descobre que inevitavelmente este apelo o persegue. Algumas vezes é possível até observar que questões que envolvem poder e riqueza são focos de inúmeros tristes acontecimentos. Pense um pouco e avalie fatos históricos que você consegue recordar e veja se de alguma forma houve na origem alguma disputa de riqueza ou poder.

Eis ai um dos nossos principais desafios durante toda a nossa vida; como lidar com o desejo e os muitos apelos para se adquirir bens e riquezas sem que estes transformem ou alterem a essência da nossa vida cristã. Lembrando que, uma vez salvos e redimidos em cristo, nosso foco já não deve estar mais nas coisas deste mundo, mas em como utilizar o que temos neste mundo em favor do crescimento e expansão do reino de Deus na terra. Pense bem, não é exatamente esta a nossa principal vocação como seres humanos, como filhos de Deus? Não é para este fim que deveríamos nos concentrar?

Certamente não há nada de errado em você querer ser próspero e vislumbrar alcançar níveis cada vez maiores de bens, patrimônio e renda. Mas, nesta condição você há de concordar comigo que o desafio de continuar crendo na total dependência de Deus é cada vez maior. Por isso, esta é a questão que nos persegue, a correria atrás de resultados financeiros cada vez melhores e maiores e a postura quando a realidade positiva desta circunstância chega até cada um de nós.

O texto bíblico utilizado como referência para este assunto nos remete a alguém que possuiu muita riqueza e não obstante a sua grande sabedoria, sucumbiu ao se curvar aos prazeres desta vida. Não seria rude dizer que Salomão perdeu o foco. Esta é uma das grandes lições que deveríamos aprender com este homem que foi considerado o mais sábio entre todos os homens em todos os tempos. Pessoas, reis e representantes de nações de várias regiões viajavam longas distâncias somente para ouvi-lo e apreciar a palavra de sabedoria que saía da sua boca. Por ter pedido a Deus sabedoria na sua primeira oportunidade de escolha, Deus acrescentou a ele muita riqueza além de brindar seu reino com uma estabilidade incrível. Houve tempos de paz na época do seu reinado como nunca antes. O povo de Deus experimentou tempos de longo refrigério diferentemente dos tempos de Davi em que o derramamento de sangue foi notório.

O que pensar então do desafio que nos aguarda quando realizamos nossas conquistas e conseguimos adquirir novos e melhores níveis dentro da perspectiva financeira? Se o próprio Salomão, com toda a sabedoria, teve seus momentos de fraqueza, não tenha dúvida de que o desafio é grande. Tenho comigo o conceito de que a semeadura é um dos principais princípios em toda a extensão da vida humana. Pense no conceito material e considere a realidade deste princípio na sua vida espiritual.

Aliás, para nós cristãos, todas as coisas são espirituais. Por isso, a grande importância da prática da boa semeadura considerando também o aspecto financeiro na sua vida pessoal. Entenda que a essência da vida é conhecer a Deus e fazê-lo conhecido. Todo o restante deve girar em torno dessa verdade. Não adianta enchermos nossos celeiros quando de repente pode vir a noite e perguntarão onde está a sua alma. Onde está a sua razão, a aplicação de todo o seu conhecimento?Cuidado com a motivação que o faz encher os seus celeiros.

É preciso que nos lembremos todos os dias qual a verdadeira motivação da nossa existência. Esforce-se, seja diligente, seja prudente, inteligente, pró-ativo, mas nunca se esqueça que o resultado de tudo isso também precisa estar de alguma forma envolvido com a sua essência, principalmente se este resultado for financeiro. Por isso, temos o exercício do dízimo exatamente para nos fazer lembrar de que, além da necessidade de continuar semeando, não temos em nós mesmos a capacidade de gerar novos resultados sem depender do próprio Deus.

É dEle a capacidade de nos renovar as forças, dar os talentos, conceder a graça e a sabedoria em todos os negócios para alcançarmos resultados positivos e sermos bem sucedidos. Nada acontece neste mundo sem que Deus permita ou esteja ciente. Quando você entrega a Deus seus dízimos e ofertas e aplica de alguma forma na expansão do reino de Deus, você está fazendo cumprir e fazendo valer a prática da sua principal vocação. Abrindo mão do recurso você declara a si mesmo que a sua dependência não está na quantidade do que restou em suas mãos.

Independentemente desta relação de mais e menos que é enfatizada insistentemente pelo mundo, você pratica a confiança em Deus, fazendo prevalecer o conhecimento que você tem dEle. Você abre mão daquilo que o mundo diz ser o seu sustento para confiar naquilo que Deus diz que é o seu sustento e essência: a obediência ao chamado para conhecê-lo e fazê-lo conhecido.

Quando você resolve contribuir financeiramente para a expansão do reino de Deus ou quando você abre mão do seu tempo para dedicar-se ao Senhor através de uma obra ou ministério, é praticamente sua declaração ao mundo natural de que você pertence a alguém maior. É a sua declaração prática de honra a quem merece a honra e está muito, mas muito acima de todas estas coisas nesta terra. Afinal, quer vivamos, quer morramos, somos do Senhor. Não temos para onde ir seja com muito ou com pouco, pois somente Ele tem palavras de vida eterna.

Nesta altura você pode estar pensando que não tem nada a ver com tudo isso, pois a verdade é que mesmo lutando e batalhando no dia a dia, mal consegue pagar as suas contas ou acrescentar o mínimo em sua relação de patrimônio. Pois bem, quero lhe dizer que Deus não está interessado no montante que você possui, mas a forma como você O tem honrado a partir do que Ele tem acrescentado dia a dia a sua vida. Não adianta pensar em ter muito quando não se consegue praticar a devolução a Deus contendo ainda o pouco. Cuidado com a motivação que o leva a possuir cada vez mais posses e rendas. Pergunte a si mesmo no momento presente se haverá disposição para continuar semeando com seus recursos financeiros e com o seu tempo quando chegar a hora de colher seus melhores resultados. Se há dúvida só de começar a pensar, ore e peça para que Deus lhe conceda a graça e a sabedoria para não se esquecer jamais da sua verdadeira fonte de sustento. Deus é o seu sustento!

Temos a dificuldade de entender que a prosperidade vai muito além do que simplesmente possuir bens e riquezas. A área financeira pode ser uma grande cilada para sua própria vida e para o entendimento da essência da vida cristã. Lembre-se do que Jesus disse sobre o amor ao dinheiro, a palavra ao jovem rico ou sobre a dificuldade de conseguir um espaço no reino de Deus quando se tem apego aos bens e ao dinheiro. Deus já tem acrescentado a você motivos diversos e suficientes para que você de alguma forma possa honrá-lo. Não pense que você só poderá fazê-lo quanto estiver em melhores condições financeiras, DEFINITIVAMENTE NÃO!!

Lembro-me de tantas e inúmeras vezes que fui abençoado no inicio da minha vida conjugal e ministério. Casei-me ainda muito jovem e em poucos anos tivemos nossos três filhos. Além de carregá-los juntamente com toda a bagagem que normalmente as crianças exigem, tinha ainda o meu instrumento musical: um contrabaixo elétrico. Você pode imaginar como era a situação para sair de casa com filhos, bagagem e o instrumento com o respectivo estojo. Não possuíamos condições mínimas para adquirir e sustentar um veículo próprio. Era mesmo um desafio, mas sempre considerei ser uma forma de honrar ao Senhor com meus talentos e com a minha juventude juntamente com minha esposa que naquela época também participava do grupo musical na igreja. Tínhamos o desejo de honrá-lo com a nossa disposição além do talento. E muitas vezes tive o privilégio de experimentar esta mesma dedicação através de amigos, parentes e irmãos que cediam espaço em seus próprios veículos para nos dar melhor mobilidade, agilidade e conforto no retorno para casa ao final de cada culto, evento ou ensaio. Não tenha dúvida de que muitos deles se dispuseram em honrar ao Senhor servindo a mim, através de uma simples mas extremamente valiosa carona. Vejo hoje como estes mesmos amigos estão em condições privilegiadas, simplesmente por que mantiveram e continuaram ao longo do tempo com a disposição de servir. Não simplesmente através de outras caronas, mas através da prática de semeadura com o coração aberto para servir e servir sempre.

Honrar a Deus pode e deve ser muito mais que simplesmente entregar seus dízimos e ofertas. Sua vida pertence a Ele, assim como tudo o que você pensa ser seu. Reflita e pratique o valor de honrar Aquele que merece toda a glória e domínio, não somente pelo que te dá ou acrescenta, mas por aquilo que Ele é na própria essência. Vale a pena servir e honrar constantemente a Deus. Pratique esta semeadura. Tenho convicção plena de que você jamais se arrependerá.

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